sexta-feira, 7 de março de 2014

Solidão

A solidão é uma música
Tocada em leves tons
De um espectro vultoso
Levando-te as belas frases
Corrompendo suas ações
Implodindo a verdade
Que amadurecera devagar

Se espero o teu sorriso
Sei que morrerei sozinho
Pois tenho que buscá-lo
Fazê-lo, e entendê-lo.
Para ficar perto de ti
Assim se nada fizer sentido
Sei que algo me aguarda
A bela nota que em meus ouvidos se propaga
Doses tristes e desalentas
Brotam em meu peito

Ainda sinto a esperança
E com ela vou procurar
Voando em teu sorriso
Pelo simples prazer
De em nuvens brancas acordar
Somente assim sentirei o amor
Dedicado a mim por muito tempo
Sendo assim darei valor
Aquilo que almejo em sofrimento

Criado em 13/07/2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Chuva

Nesses dias de chuva
Frios e sombrios
Podemos pensar com clareza
Em tudo que acontece a nossa volta
São pequenos detalhes que mudam o rumo das coisas
Pequenas palavras que destroem e constroem cada uma de nossas emoções
Talvez um mundo de verdades não fosse tão interessante assim
Mesmo que não gostemos de sermos enganados
Ou iludidos por aquelas pessoas que gostamos
Nada podemos fazer, a não ser baixar a cabeça e dizer que está tudo bem
A vida segue e não precisamos de justificativas
Não adianta lamentar
Pensar no que poderia ter sido
No que um dia será
Com o tempo a dor desaparece e tudo volta ao normal.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Estou Cansado



Estou cansado
Eu não quero acordar
Não quero me vestir
Já não quero caminhar
Abrir a porta, sentar ou falar
Estou cansado dessa vida
De nada mudar
Fingir que entendo
Fingir que é possível
Que tudo é perfeito
Mas e o barco?
Do que adianta saber isso ou aquilo?
Do que adianta reagir?
Do que adianta ser feliz?
Por que mesmo sabendo tanto não sei nada
Estou cansado
De dormir
De lamentar
E o barco, que segue a velejar
Leva os sonhos, leva a paz
Leva a vida a passear em outro mar
Não há nada de novo
Não nada certo
Não há nada vivo
Mas não é isso que eu quero
Aquela pedra não deveria está ali
Aquela pedra me roubou
Triste, pedra a deixou
Meu fim trágico, não há
Já que vagarei por esse mundo
Eternamente a sonhar.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dança da invenção



A dança da invenção
Misturando cores a sabores
Sons a sensações
Visando a vista do imperfeito
Pairando o céu da juventude
Como um cego tolo que se ilude
Ao mostrar falsa verdade
Escondida por entres os galhos
Que beleza queres me guardar?
Estranho perceber o saber de um bom discurso
Bastam-me palavras
Falta-me coragem
Eu me vejo-me a mim mesmo em falso desespero
Ao especular a realidade
É cruel imaginar um mundo perfeito
Onde só exista amor
Por hora contenho-me
E agradeço-lhe por me entender
Não faço parte de nada
Mas sei o que cada coisa significa
Complicado se diz aquele que sabe o que quer
Mas não sabe por onde começar
E assim vou dançando
Entre chuvas e noites
E dias de sol
Que eu possa guardar da tua essência
Cada gota que brota em minha memória
Numa caixinha velha e valiosa
Assim como o medo que me cerca
E não me deixa mais sair de mim
Um coração que bate
Bate com vontade
Como as batatas
E os cachorros que latem
Assim como as efémeras mortes que não notamos
Mas isso pertence a nossa realidade?
Senhor, Senhora, Senhorita, senha
Não precisamos do que temos
E por assim dizer, não temos o que precisamos
Buscamos precisar de ter
Mas não tendo que precisar de tanto
Mesmo que para precisar façamos de tudo
Acabamos contradizendo o nosso querer em buscar nosso ser.

terça-feira, 21 de maio de 2013

É difícil



Edi fícill mora em um edifício chamado É de físsil

É difícil para Edi fícill morar em um edifício chamado É de físsil

Dificilmente Edi fícill sai do edifício

O edifício de nome É de físsil que o Edi fícill chama de difícil é difícil de ser encontrado

Tão difícil quanto Edi fícill do edifício É de físsil sair do edifício de nome É de físsil.

Férias



Sono, o que tenho
Uma vida que renova-se
Descanso, à mim venha
Caminhas com fervor.

Imune às verdades
A ansiedade me afoga
Preencho lhe com bobagens
E no fim feliz me pego.

Noite, bela noite
Que nada faça para ser
Que nada mude para ser
Que as coisas voltem
Que as coisas parem
Que o tempo saiba
Que nada posso ter, para voltar a ser.

Manda-me sair para a noite
Em busca do sol da manhã
Que a luta não seja em vão
Mesmo fazendo o de praxe
Que a bela rosa pulse
Na bela lareira encontrar
Não há amor mais belo
Que o belo desejo de amar.

sábado, 30 de março de 2013

O manto de sangue - Parte 1



A pedido de Radryna :)
 
Cai a noite, a lua sangra
É tão escuro, que em meio aos arbustos
Vê-se uma figura não humana
Um rosto belo, um olhar assassino
Ao mesmo tempo sem vida e de traços tão finos
Apronta suas presas, fixa o olhar na sombra da lua
Que toma feição de outra mística criatura
Uma bruxa de pele putrefata
Um manto roxo e desgastado
Ditava incognoscíveis palavras.
Runas se formavam ao seu redor
Evocando demônios sobre o solo Profanando
O inferno se fez em terra
O sangue banhava lhe as presas
Diante de vísceras jogadas ao terreno
Finava-se a bruxa guerreira
E com mais uma vitória, se escondeu do amanhecer
A vampira sanguinária que tem por nome Radryna.